segunda-feira, 19 de março de 2012

!

He passed a lot of time writing about the love he felt and forgot to love his girl.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eu escolho
um homem
que não duvide
de minha coragem
que não
me acredite
inocente
que tenha
a coragem
de me tratar como
uma mulher.
Anaïs Nin

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Joanices - Parte 1

Joana mergulhou e sentiu a água cristalina por todo o corpo.O cabelo dançava uma valsa em baixo d'água.Então,ela pôde ver os esterláticos* cantando uma música de ninar para os pequenos esterláticozinhos. A música era em uma língua que Joana não compreendia,mas achava linda. Ao tentar uma aproximação com os esterláticos,eles ficaram com medo e trataram de ser esconder atrás de umas pedras e disseram o seguinte:
- Mimi teuta aleu zefui?
Que significava: O que você quer conosco?
E a menina tentou fazer gestos para que houvesse comunicação e nada adiantava.Os esterláticos ficaram com mais medo e Joana percebendo isso deu meia volta e começou a chorar.Os esterláticos que eram seres bastante amigáveis foram imediatamente atrás de Joana,formaram um círculo ao redor da menininha e começarama cantar suas canções de ninar.
Joana parou de chorar,começou a sentir uma moleza no corpo,no coração e adormeceu.Os esterláticos ficaram surpresos que a menina conseguisse respirar tanto tempo embaio d'água e adormecer. A menina acordou rodeada pelos bebês esterláticos ( pareciam vários pisca-piscas de Natal). Joana sorriu para eles e os mesmos disseram :
- Chai Muí!
Que significava: Seja Bem-vinda!

*Criaturas pequenas e brilhantes que vivem nas águas.Parecem com estrelas,não estrelas-do-mar,só estrelas.

Não sei criar títulos criativos

Minha válvula de espape em momentos de raiva é escrever. A intenção não é ser uma Clarice Lispector da vida com histórias de mulherzinha (gosta? se fode aí ), é botar para fora toda a agonia e raiva dentro de mim.
Não me preocupo com estética, não sou escritora profissional, ainda não tô ganhando pra isso.
Eu tenho outra terapia também, escrever vários palavrões num papel, rasgar com mais raiva ainda e jogar longe.
Li isso num livro quando ainda tinha uns 12 anos e funciona comigo.
É maravilhoso.Algumas pessoas tem que praticar esportes para descarregar toda a ansiedade, agressividade e whatever para se sentirem melhor e o pedaço de papel está ali, tão fácil, tão rápido,você nem precisa suar.

sábado, 22 de maio de 2010

Frutos de bairro

Andei algumas quadras até o terminal de ônibus de Imperatriz,chegando lá sentei-me num banquinho.Atrás de mim a Praça Tiradentes e um cheiro forte de urina. Nos meus ouvidos a programação de uma rádio,ao meu lado uma senhora desdentada que assim como eu,tinha um olhar perdido,talvez pensando na demora do seu transporte.Ou não.
Várias pessoas sobem e descem dos ônibus e nesse vai e vem uma senhora puxa assunto comigo. Não prestei atenção no que ela dizia. Acenei com a cabeça em sinal de confirmação,então ela começou a reclamar com a filha que estava correndo. Um senhor com um carrinho de sorvete entra e conversa com as pessoas do terminal, ouço várias risadas. A senhora ao meu lado conversa com a outra sobre o final da novela das oito. Levantei do meu assento e comecei a andar, meu pé esquerdo estava doendo, fui pedir informação sobre o horário do meu ônibus:
-Bacuri  só 12:20
-E o Parque do Buriti?
-11:50
Mal perguntei e o dito cujo chegou. Dele saíram vários estudantes de uma escola técnica. Subo e procuro um assento ao lado da janela. Colo o rosto no vidro e observo as pessoas lá fora,a maioria com roupas muito coloridas e sacolas na mão, parecendo estar muito apressadas. Passamos por uma rua bastante movimentada, o comércio de coisas "Made in China"  é intenso.
O motorista entra na rua D.Pedro II, olho para trás e vejo uma ex-colega de classe com uma camisa do Flamengo, aceno para ela e volto à olhar para janela. O motorista vê que só restou nós duas no ônibus e pergunta aonde vamos ficar, eu respondo “um pouco mais na frente”,ele faz bico e resmunga alguma coisa que eu não escutei, prefiri continuar olhando para a janela.
Mais à frente uma faculdade particular e uma igreja católica. O bairro todo me traz lembranças. Não moro ali, mas cresci passeando pelas redondezas. Pedi ao motorista que parasse.
Desci, meus olhos começaram a arder por conta do sol, apertei os olhos e comecei a andar mais  depressa.Um homem estava me seguindo,quando pensei em atravessar a rua, ele fez isso. De toda forma, comecei a andar mais depressa, até por que estava com fome.
Faltava só algumas quadras e estaria em casa.
De volta ao bairro onde cresci e fiz o ensino médio, o bairro onde as vizinhas fofoqueiras são uma espécie de polícia te dando alguma segurança quando se volta tarde para casa, o bairro onde eu apostava corrida de bicicleta com a minha irmã e minha amiga/vizinha e caíamos desta várias vezes, tendo como prova nossos joelhos com cicatrizes, o bairro em que eu brincava de amarelinha e batia nos meninos que queriam jogar pedras nos meus gatos, o meu bairro que para mim é nostalgico todo dia, esse bairro é o meu Bacuri. 

domingo, 9 de maio de 2010

Milho,Cavalo e Tocantins

Vento.Foi a primeira coisa que senti no rosto e pelo olfato - se é que vento tem cheiro - quando cheguei na Av. Beira Rio, depois notei um cavalo que comia grama bem próximo à margem do rio,fiquei meio inquieta com medo que o equino caísse no rio e se afogasse, já que cavalos não sabem nadar, aí me imaginei chamando o corpo de bombeiros para o resgate.

Depois de tanto esperar, pulava no rio para resgata-lo e morreria junto à ele.Trágico, não é? Também pensei em dar um sustinho no cavalo, mas podeira ser pior e meu devaneio se tornar realidade. Decidi parar de observa-lo, ele só me daria problemas.

Logo adiante dois casais adolescentes se bolinam, tsc tsc.No gramado há outros adolescentes, mas estes parecem estar bebendo algo alcoólico - a julgar pelo carinha dançando desengoçadamente - e por último um acampamento hippie. Aí senti um cheiro diferente, cheiro de queimado, era um homem que assava milho.

Sentei-me num banco em que haviam dois desenhos do Che Guevara, o primeiro é aquele mais comum e o outro Che aparece risonho e havia mais um desenho, só que este era um sapo muito psicodélico.

E por fim, fazendo uma espécie de binóculo com as mãos, observei uma casinha branca muito simpática do outro lado do rio. Então, decidi voltar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

cu.

O fato é que eu sou uma melodramática,eu PRECISO de uma drama,eu não me reconheço quando estou feliz.Quando eu estou feliz eu sou a pessoa mais idiota do mundo,confio nas pessoas cegamente, faço coisas estúpidas que não faria ''sóbria''.
E eu sempre quebro a cara.
cu.
Sim,cu.Por que as pessoas se censuram diante de uma palavra que eu até acho bonitinha (?),ela é pequena e soa tão bem.
adoro dizer cu.
CU, CU, CU e CU.
O cu é meu e eu digo quando quiser :)